segunda-feira, 1 de março de 2010

Casa de Papel

Pouco adiantou
O pranto que eu chorei
De nada me serviu
As brigas que eu causei.
Tentei gritar
Espernear
Mostrar pros outros
Minha agonia
Mas, de nada adiantou
De pouco serviu
Tudo aquilo
Que eu causei
Fiz tempestades
Em copos d'água
Fiz maremotos de lágimas
Mas de pouco me serviu
Não posso fugir
O meu destino é cruel
Esta noite as minhas lágrimas
Destruíram a minha casa de papel.
As vezes penso
Que meu alicerce é seguro
Mas o destino me contradiz
Dizendo que não é.
Penso que sou forte
E que nada me abala
Mas o destino me mostra
Que não sou bem assim.
Tudo me abala e me comove
Qualquer emoção
Qualquer palavra forte
Qualquer ação.
Mas o que mais me abala
É o meu amor infiel
Que durante toda esta noite
Destruiu a minha casa de papel.
Tento esquecer
E passar uma borracha
Mas nada disso adianta
Nada disso alivia a dor.
As brigas que ganhei...
Nem um troféu.
Voltei sozinho
Pra minha casa de papel.

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